Coleta de plâncton



Captura de organismos planctônicos

       Para que os organismos planctônicos possam estudados é de fundamental importância que sejam coletados e levados a laboratórios especializados. Assim, quando pensamos na captura desses organismos, deve vir a dúvida:

      Como coletar organismos tão pequenos e quais os equipamentos são utilizados nos procedimentos?

         Os principais "amostradores", ou seja, equipamentos utilizados para retirar do meio um conjunto de organismos que represente a fauna/flora do sistema são: redes, bombas de sucção, armadilhas e, com o avanço da tecnologia, atualmente é possível observar os organismos no próprio local com alguns instrumentos ópticos. 

         É importante observar que não existem equipamentos ideais para se coletar todos os tipos de plâncton, existem equipamentos específicos, ou seja, equipamentos de acordo com o objetivo do estudo. Pois em um litro d'água se pode obter uma amostra considerável de bacterioplâncton, mas muito provavelmente não é o suficiente para a captura de medusas. 

         Como o trabalho é realizado com amostras, o estudo feito  sobre as comunidades é estatístico. Assim, a amostragem deve ser realizada de acordo com as leis da estatística, como por exemplo: as coletas devem ser independentes e ao acaso. Mas como o Plâncton "reside" em um ambiente que constantemente passa por transformações, não é seguro que apenas uma coleta represente a abundância real do ecossistema. Assim, para que se chegue a resultados confiáveis sobre a composição, abundância e relações planctônicas são necessárias várias coletas e estudos periódicos. 

       Principais equipamentos:

  • Garrafas
          São utilizadas principalmente quando o objetivo é a coleta de organismos muito pequenos, como o Nano e Picoplâncton, e com baixa mobilidade. O volume coletado pela garrafa varia entre 1 e 30 litros e são fabricadas de materiais não tóxicos, o PVC (Cloreto de polivinila) é muito comum. As garrafas mais conhecidas e utilizadas são as do tipo Van Dorn e Niskin. 

          A estrutura desses amostradores é bem simples, são compostos por um cilindro aberto nas duas extremidades, quando são lançadas na água as duas extremidades estão abertas, assim permitem a passagem da água, quando se chega na profundidade desejada é lançado um mensageiro, o qual atinge a região que está prendendo as tampas do cilindro, quando as tampas são liberadas o cilindro se fecha e a água fica contida. 

          As principais vantagens é que esse amostrador realiza uma coleta não seletiva e quando pequena é de fácil manuseio, além da possibilidade da coleta simultânea. Por outro lado, há a  possibilidade de "fuga" dos organismos e se forem muito grandes, é manuseio é complicado, devido ao peso. 


                              

  •        Redes coletoras
            Esses amostradores são bem simples e provavelmente foram os primeiros a serem utilizados. Essas redes se baseiam na filtração básica mesmo e são compostas por uma abertura rígida, por uma rede, a qual pode ser de malhas com diferentes tamanhos, de acordo com o organismos que se quer capturar e além disso, um coletar que é onde fica a amostra. 

          Quando falamos de rede, é importante lembrar que não existe uma rede ideal para todos os organismos, a escolha da malha é feita de acordo com o tamanho do plâncton a ser capturado. Mas o baixo custo, o fácil manuseio e a filtração rápida são algumas das vantagens desse meio. A mistura de organismos e a fuga de organismos são as principais desvantagens. 



  • Sistemas Ópticos
            A partir da década de 1950 houve um aumento considerável da utilização da tecnologia em pesquisas oceanográficas. Assim os plânctons podem ser estudados no meio ambiente através de uma luz que é emitida por um sistema de imagem, quando a luz é refletida, ela é captada por um sensor e analisada em computadores especializados. O "Registrador de vídeo de plâncton" é um microscópio submarino que tem um sistema de vídeo acoplado, esse aparelho percorre a coluna d'água gerando imagens diferentes de organismos. O "perfilador submarino de vídeo" é outro equipamento altamente tecnológico, é uma câmera de vídeo capaz de detectar organismos a partir de 100 micrômetros, o sistema desce na coluna d´água através de um cabo e realiza uma amostragem a cada 4 centímetros. Os sistemas eletrônicos geralmente são muito precisos, mas a grande desvantagem é com relação ao custo, o qual é elevado, por isso os equipamentos não são encontrados facilmente em instituições. 


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