A
produtividade primária de um ecossistema é muitas vezes definida
como a energia da radiação solar que é transformada em biomassa
pela atividade fotossintética. Mas esta definição não é
totalmente completa, porque parte dessa produção/transformação é
realizada por bactérias na atividade quimiossintética, as quais
transformam a energia armazenada em compostos inorgânicos.
A produtividade pode ser divindade em:
- Produtividade primária bruta: que é a biomassa total gerada pelos produtores.
- Produtividade primária líquida: é definida como a diferença da atividade fotossintética e a respiração natural dos organismos produtores.
A
produtividade em qualquer ecossistema é limitada por alguns fatores
físico-químicos, como a luz, temperatura, qualidade do solo,
disponibilidade de água. O que muda são os fatores reguladores
entre os diversos sistemas. No ambiente marinho, a disponibilidade de
água ou a qualidade do solo pouco importam, mas a luminosidade
e a disponibilidade
de nutrientes
são fundamentais.
O processo de fotossíntese só é viabilizado quando há determinada intensidade luminosa no ambiente. Como a disponibilidade tende a diminuir com o aumento da profundidade, a produtividade primária fica limitada nas camadas inferiores da coluna d’água. A profundidade dessa camada de produção varia de acordo com a claridade da água e de como os raios solares incidem nas diferentes regiões, pois esses são fatores que influenciam diretamente na penetração da luz.
Os principais nutrientes necessários para a realização da fotossíntese são o nitrogênio e o fósforo. E os oceanos, quando comparados aos continentes, são muito pobres em nutrientes, são verdadeiros desertos aquáticos.
As regiões mais profundas dos oceanos possuem uma grande quantidade de nutrientes que foram sendo decantados ao longo dos anos, mas por essa região não receber raios luminosos a fotossíntese não ocorre. E esses nutrientes não ascendem para as camadas superiores por causa da grande diferença de densidade entre as camadas de água, assunto já foi tratado em "As influências dos fatores físicos na vida marinha".
Nas regiões mais próximas aos continentes, chamadas de nerítica, a limitação da produtividade fica por conta da intensidade luminosa que não penetra muito por conta da turbulência, mas essas regiões são bastante ricas em nutrientes por conta do aporte fluvial e apresentam uma boa produtividade. Os ambientes de transição, como os estuários, também são bastante produtivos.
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