Macroalgas como indicadores biológicos

          Os ambientes de transição entre os continentes e os oceanos, ou zonas costeiras, sempre foram muito utilizados pelas populações mundiais como áreas de lazer, para comércio e navegação. E, nas últimas décadas com o aumento populacional, essas zonas ficaram suscetíveis a impactos ambientais causados por atividades antrópicas.

          Durante muitos séculos se acreditou que os oceanos tinham uma capacidade infinita para assimilar qualquer substância que fosse descartada e não sofrer qualquer tipo de alteração. Mas estudos recentes revelaram que, apesar de grande, essa capacidade de assimilação é finita. E as regiões onde a renovação da água é limitada tendem a sofrer com alterações na qualidade da água, além de perturbações biológicas.

           O lançamento de efluentes domésticos, os quais são ricos em nutrientes como o fósforo e nitrogênio, estimulam a proliferação de organismos fitoplanctônicos e macrófitas aquáticas que causam problemas biológicos e recreacionais. Esse aumento excessivo da biomassa em resposta às condições ambientais é o fenômeno denominado de “Eutrofização”.

          Bioindicadores são organismos vivos, vegetais ou animais, que reagem a mudanças na qualidade do meio ambiente, através da presença, quantidade, fontes e efeitos de determinados poluentes. Pelo baixo seu baixo custo, a utilização de bioindicadores é mais favorável que a de métodos convencionais. Podendo ainda serem utilizados na avaliação cumulativa de alguns eventos em uma região durante algum tempo.

          Como as macroalgas respondem às condições ambientais, através do aumento excessivo da biomassa ou do desaparecimento de algumas espécies, essas passaram a ser utilizadas para monitorar a qualidade da água. O tamanho macroscópico, a mobilidade restrita e a reprodução rápida são outras características que colaboram para esses organismos serem bioindicadores.

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